terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Formigas e Estratégia

Sun Tzu (544 a.C.- 496 a.C.) e Karl Von Clausewits (1780-1831) são considerados os pais da estratégia militar (que ao longo dos anos evoluiu para a estratégia empresarial). Porém, para o pesquisador americano Mark Moffett, esse título deveria ficar com as formigas. Em seu livro "Adventures Among Ants", ele defende que esses insetos guerreiam de forma semelhante aos seres humanos. Ou seja, milhares de indivíduos em formação, avançando num confronto que pode significar a vitória ou a aniquilação.
Entre as mais belicosas estão as espécies Pheidologeton diversus e a Dorylus nigricans. Mas elas não são devastadoras por mera força bruta. O pesquisador percebeu um padrão para o ataque: inicialmente ocorre uma formação cerrada, ou seja, o agrupamento de muitas formigas operárias (de tamanho pequeno e relativamente descartáveis para o formigueiro) na frente de batalha, criando uma muralha quase intransponível que fazem a primeira ofensiva; na sequência, formigas maiores são responsáveis por aniquilar o inimigo com golpes de misericórdia. Há indivíduos maiores que, como um tanque, carregam as operárias menores para a frente de batalha. Como ações complementares, essas formigas fazem um tipo de ‘bombardeio’ (para gerar pânico no formigueiro inimigo), e escravizam outras espécies. Podemos chamar de estratégia deliberada?.
Para Moffett, os motivos que levaram algumas espécies de formigas a adotar essa estratégia de guerra são muito parecidos com os dos seres humanos: "As sociedades menores são mais flexíveis e acabam se mudando quando o conflito aparece, já as maiores conseguem armazenar mais comida, força de trabalho e tropas de reserva, criando estradas, infraestrutura complexa e exércitos para conquistar suas rivais", explica. O autor diz ainda que “Muitos outros animais, envolvem-se em escaramuças "de fronteira" ou tocaias, mas nem chegam perto da escala que caracteriza os humanos e certas formigas”.

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