terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Os grandes personagens da administração: MAQUIAVEL


Nascido em Florença, na Itália, Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi diplomata e escritor. Descendente de uma tradicional família florentina trabalhou como funcionário do governo, tendo servido em cerca de 30 missões diplomáticas. Esse trabalho proporcionou a ele a oportunidade de ter contato com alguns dos mais influentes líderes e representantes do poder na Europa renascentista.
A carreira de diplomata terminou em 1512, por motivos políticos. Foi exilado, acusado de traição, preso e torturado. Após esse período isolou-se para uma propriedade nos arredores de Florença para dedicar-se às letras. Escreveu livros sobre política, peças teatrais, e também uma história de Florença.


Sua literatura avança sobre dois importantes temas: liderança e poder. “O Príncipe” foi sua principal obra literária. Dedicada a Lourenço de Medicis, apresenta um conjunto de aforismos e discernimentos que são tão adotados por dirigentes atuais, como há 500 anos. O mito do príncipe não se refere uma pessoa real ou a um indivíduo concreto, mas sim a um organismo, a um complexo social. Ele retratou um ambiente em que o poder é obtido por meio da astúcia, do oportunismo e da intriga, e onde há o triunfo da força sobre a razão - trata-se de um manual prático do déspota. Esse posicionamento e essa sinceridade desmedida justificaram-se pelo fato de ter vivido numa perigosa época de crise, em que os conceitos de direito e de justiça deixam de fazer parte da ética de costumes.

A obra de Maquiavel influenciou pessoas em posição de comando em vários tipos de organizações sociais, inclusive nas empresas, onde o poder e a liderança são elementos intrínsecos. Por mais que o discurso e a intenção sejam liberais, a prática sempre apresenta traços maquiavélicos (principalmente em momentos de crise). Isso porque o poder é inebriante, e ninguém pretende perdê-lo.
Fica aqui a dica de leitura: O Príncipe, de Maquiavel.

Um comentário:

  1. Maquiavel era multidisciplinar. O mesmo livro que você recomenda, "O Principe", li durante minha graduação em Direito.

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